sábado, 26 de junho de 2010

Então eu faço birra mesmo.

Hoje aquela coisa forte voltou. Uma pulsação daquelas com arritmia... paradoxalmente, não falo do coração, mas falo dele sim...
Pois nele se concentra o peso semântico de lar dos sentimentos. Tipicamente, não é? E sabe, prefiro usar essa ilustração mesmo.
As pessoas mais "racionais" costumam falar que a origem dos sentimentos não é o coração, mas o cérebro. Tudo parte de impulsos nervosos, descargas hormonais, etc. Ok, cientificamente isso é aceitável. Mas como haveria poetas se falássemos do amor relacionando-o àquela massa estranha, amorfa e confusa que é o cérebro? Ao invés da melodia suave, ouço o barulho de motorezinhos e outros equipamentos dos doutores cientistas. Não, não. Não pode ser assim. Uma perspectiva muito fria, fria demais para um campo tão delicadamente profundo.
E então prefiro usar o típico.
E quando eu penso que só sou capaz de utilizar uma pequena porcentagem da capacidade do meu cérebro...! Quer dizer que só posso amar com uma porcentagem limitada?! O resto é desconhecido, inatingível até então. Meu amor, sim, é também indefinível, mas pelo contrário, o é porque ocupa todo o espaço, preenche de fato, o lugar inteiro. Aliás, tanto o preenche que até vaza. Não está contido só ali. E sou radical nesse aspecto, apesar de as pessoas desse mundinho do mais-ou-menos insistirem em criticar os extremos...
Acho que esse meu amor vermelho, e verde, e azul, e amarelo, e roxo, e laranja, e rosa não faz morada numa massa cinzenta.
Mas então pra agradar a todos sem ter que mentir, posso dizer e não volto atrás: meu cérebro tem forma de coração.